MAPA - MANUTENÇÃO INDUSTRIAL - 53/2022
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INSTRUÇÕES DE ENTREGA
Este é um
trabalho INDIVIDUAL.
As
respostas devem ser entregues utilizando o Modelo de Resposta MAPA
disponibilizado em Material da Disciplina. Sobre o seu preenchimento, é necessário o
cumprimento das seguintes diretrizes:
- Toda e qualquer fonte e referência que você utilizar para responder os
questionários deve ser citada ao final da questão;
- Após inteiramente respondido, o Modelo de Resposta MAPA deve ser
enviado para correção pelo seu Studeo em formato de arquivo DOC / DOCX ou PDF,
e apenas estes formatos serão aceitos;
- O Modelo de Resposta MAPA
pode ter quantas páginas você precisar para respondê-lo, desde que siga a sua
estrutura;
- O Modelo de Resposta MAPA deve ser enviado única e exclusivamente pelo seu
Studeo, no campo "M.A.P.A." desta disciplina. Toda e qualquer outra
forma de entrega deste Modelo de Resposta MAPA não é considerada.
Problemas frequentes a evitar:
- Coloque um nome simples no
seu arquivo para não se confundir no momento de envio;
- Se você usa OPEN OFFICE ou MAC, transforme o arquivo em PDF para evitar
incompatibilidades;
- Verifique se você está enviando o arquivo correto! É o MAPA da disciplina
certa? Ele está preenchido adequadamente?
Como enviar o arquivo:
- Acesse no Studeo o ambiente
da disciplina e clique no botão M.A.P.A. No final da página há uma caixa
tracejada de envio de arquivo. Basta clicar nela e então selecionar o arquivo
de resposta da sua atividade;
- Antes de clicar em FINALIZAR, certifique-se de que está tudo certo,
pois uma vez finalizado você não poderá mais modificar o arquivo. Sugerimos
que você clique no link gerado da sua atividade e faça o download para conferir
se está de acordo com o arquivo entregue.
Sobre plágio e outras regras:
- Trabalhos copiados da
internet ou de outros alunos serão zerados;
- Trabalhos copiados dos anos anteriores também serão zerados, mesmo que você
tenha sido o autor.
- A equipe de mediação está à sua disposição para o atendimento das dúvidas por
meio do “Fale com o Mediador” em seu Studeo. Aproveite essa ferramenta!
Seja bem-vindo(a)!
Essa atividade te auxiliará a desenvolver competências técnicas muito
importantes para o mercado de trabalho, especialmente na área de manutenção
industrial. Assim, é essencial que você leia com atenção cada linha da
atividade, pesquise soluções em outras fontes, resolva os exercícios com calma,
discuta com seus colegas de turma e não hesite em contatar o professor mediador
em caso de dúvidas. Tudo isso faz parte do processo de aprendizagem ativo e
imersivo.
Esta atividade irá abordar a manutenção em um contexto mais estratégico, como
alavanca para melhorar o resultado de uma organização dentro de um contexto de
oportunidades, dada a projeção de crescimento, tanto do PIB para 2022 quanto do
setor no qual a empresa em questão está inserida. É importante entender a
capacidade que a manutenção tem de implementar técnicas, melhorias,
procedimentos, novos processos e, com isso, gerar resultado operacional e maior
competitividade para as organizações. Quando falamos em competitividade, o
papel da manutenção passa a ser fundamental e estratégico no atual cenário
desafiador e de tanta incerteza global.
A atividade será composta de 4 fases. Na primeira fase será abordada metodologia
OEE – Overall Equipment Effectiveness ou Eficiência Global do
Equipamento, enfatizando a importância do conceito de melhoria contínua na
manutenção. Na segunda fase serão trabalhados dois conceitos fundamentais para
a manutenção: criticidade de equipamentos, fundamental para ajudar na definição
das estratégias de manutenção para cada tipo de equipamento; e também o
conceito de prioridades de atendimento, em que será explorada a ferramenta
sistemática para priorizar tarefas, conhecida como Sistema GUT. Na terceira
teremos a aplicação do conceito de plano de manutenção estruturado em semanas
ao logo do ano, facilitando a organização das atividades e também a alocação de
recursos. Por último, mas não menos importante, teremos a quarta fase, que
abordará o fator humano, uma vez que as pessoas são essenciais para o sucesso
da manutenção.
Bom trabalho!
Prof. Alessandro Trombeta
CONTEXTUALIZAÇÃO
A Confederação Nacional da Indústria, conhecida pela sigla CNI, projeta um
crescimento de 1,2% para o PIB brasileiro no ano de 2022 e isso faz com que os
gestores procurem maximizar a produtividade, reduzir custos e, assim,
conquistar melhores resultados. Para que isso ocorra, é necessário melhorar os
processos, os equipamentos, o ferramental e também a capacitação das pessoas. E
também não podemos esquecer da manutenção, dada a importância deste
departamento no sucesso de uma organização.
Sabemos que os desafios são enormes, principalmente no cenário atual de
pós-pandemia, com uma grande instabilidade no mercado, além de uma guerra em
andamento. Estes fatores geram incerteza e, possivelmente, serão responsáveis
por novos desafios, além de exigir novas ações dos gestores, tanto da produção
quanto da manutenção.
Como você pode ter observado, a manutenção tem se tornado um departamento
essencial dentro da organização e, mais que isso, estratégico para superar os
desafios do nosso atual cenário. O termo manutenção não está mais associado à
atividade de se corrigir alguma coisa após a constatação de um problema, ou seja,
de manter algo, mas sim de garantir o bom desempenho de máquinas, equipamentos
e processos com custos adequados e competitivos e, o mais importante,
resguardar a vida e a integridade física das pessoas.
Agora que você teve uma visão geral da importância da manutenção industrial,
chegou a hora de resolver problemas relacionados ao nosso estudo de caso
colocando em prática vários dos conceitos abordados na disciplina. Com esse
objetivo, este M.A.P.A. estará dividido em 4 fases. Em cada uma das fases você
será estimulado a implementar ferramentas e conceitos trabalhados ao longo da
disciplina para gerar soluções que garantam a integridade de ativos e de
pessoas, além do bom desempenho dos equipamentos e processos industriais.
Vamos começar?
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FASE 1 - CONCEITO DE OEE
Parabéns! Você conquistou o seu primeiro emprego como profissional em uma
renomada empresa que atua na produção e venda de produtos químicos, um setor
considerado em pleno crescimento e com investimentos da ordem de US$ 1,6 bilhão
previstos para o período de 2021 e 2024, de acordo com a Abiquim (Associação
Brasileira da Indústria Química). Além disso, em um evento realizado em
dezembro de 2021, o presidente da Abiquim, João Parolin, apontou que o momento
é propício para a ampliação da capacidade do setor1.
Devido a essa grande oportunidade de mercado, alinhada à expectativa de
crescimento do PIB, o gerente da unidade convoca a equipe para uma reunião e
mostra para todos o novo planejamento estratégico da empresa, bem como os
desafios e quais os resultados são esperados para o período 2022 a 2025. O seu
setor, responsável pela manutenção da unidade, deverá elaborar um plano de
trabalho focado nos cinco princípios a seguir: controle de custos, maximização
da produção, otimização da mão de obra, melhoria contínua e maior qualidade dos
produtos.
Dessa forma, tem início novas atividades, reuniões e demandas no departamento
de manutenção com o objetivo de elaborar e cumprir o novo plano solicitado, que
está alinhado ao novo planejamento estratégico da empresa. No dia seguinte você
é convocado para uma reunião e o tema principal é a baixa confiabilidade da
planta A, que tem gerado um elevado custo de manutenção e tem o pior índice de
falhas da unidade, e que contribui diretamente para a baixa produção. Após a
reunião, você solicita os dados de falhas do último mês, e recebe a planilha
que segue.
Data |
Equipamento |
Tipo Falha |
Tempo de Parada |
Descrição |
02/06 |
BOMB-101 |
Mecânica |
5:00 |
Quebra do eixo da bomba |
03/06 |
VAL-505 |
Mecânica |
2:00 |
Vazamento de vapor |
06/06 |
CCM-202 |
Elétrica |
0:45 |
Curto-circuito em cabo |
09/06 |
RED-050 |
Mecânica |
3:15 |
Quebra do acoplamento |
12/06 |
CCM-203 |
Elétrica |
0:30 |
Queima de contator |
15/06 |
HOM-304 |
Mecânica |
3:00 |
Rompimento de junta |
18/06 |
SEC-600 |
Mecânica |
2:20 |
Quebra do rolamento |
22/06 |
EXP-603 |
Instrumentação |
1:10 |
Queima de sensor presença |
25/06 |
FIL-902 |
Mecânica |
1:00 |
Rompimento da gaxeta |
29/06 |
SUB-01 |
Elétrica |
2:00 |
Desarme do disjuntor geral |
1.a. Com base nos dados da planilha, você logo lembra do conceito
de OEE e pensa: “com esses dados eu consigo calcular a disponibilidade da
planta A”. Sabendo que a planta A operou 24 horas durante os 30 dias do mês
passado, qual foi a disponibilidade da mesma no último mês? Lembre-se de
converter minutos para horas!
1.b. O valor da disponibilidade da planta A te chama muito a
atenção, pois até o momento ninguém havia calculado esse indicador! Então você
decide ir além e vai em busca de mais dados do processo, e descobre que a
quantidade total produzida no último mês foi de 1.045.340 litros. Sabendo que
atualmente a capacidade da planta A é de 2.000 litros/hora, qual foi a
performance desta planta no mês anterior?
1.c. Você então se lembra que na reunião com a gerência da unidade
o tema qualidade foi evidenciado e faz parte do plano solicitado à manutenção.
Você sabe que se incluir esse fator, poderá calcular o OEE da planta A. Logo,
não perde tempo e solicita ao laboratório a quantidade de produto que foi
reprovada no último mês. Ao receber a informação, constata que este valor foi
de 102.000 litros. Qual foi o índice de qualidade da planta A no mês passado?
1.d. Com base nas informações anteriores, qual foi o OEE da planta
A no mês anterior? Monte a representação gráfica do OEE, você precisará dela
para a próxima reunião.
1.e. Sabendo que o padrão global considera um OEE maior que 85%
(90% de disponibilidade, 95% de performance e 99% de qualidade), utilizando o
conceito de tempo de ciclo (TCM), qual seria a nova capacidade nominal da
planta A (em litros/hora) para que a sua performance saia de 90,0% e atinja o
valor de 95,0%, considerando 648 horas de operação (disponibilidade de 90%) e uma
produção desejada de 1.500.000 litros?
________________________
1 – Disponível em:
https://www.quimica.com.br/industria-quimica-oportunidade-para-atrair-investimentos-ao-setor/.
Acesso em 29 de maio de 2022 às 21:50.
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FASE 2 - PRIORIDADE x CRITICIDADE
Muito bom, você está indo bem no seu trabalho, aplicou o conceito de OEE na
prática e fez grandes descobertas relacionadas com as oportunidades de
melhoria. Você decide, então, dar mais um passo adiante e se aproximar mais da
manutenção, afinal, você já sabe que a disponibilidade da planta A está baixa,
e a causa principal é a grande quantidade de falhas nos equipamentos. Você
convoca uma reunião com a equipe de manutenção e apresenta os resultados que
obteve, além do OEE da planta, e todos concordam que existem grandes
oportunidades de melhoria. Duas semanas depois e você já observa que o departamento
de manutenção está trabalhando de maneira mais organizada, e não mais no
formato “apaga incêndio”. Com as mudanças que têm sido implementadas, você
verifica que algumas pessoas estão confusas em relação a priorização de tarefas
que são provenientes do dia a dia da manutenção, ou seja, as demandas
corretivas. Você não pensa duas vezes e decide logo intervir!
Com o objetivo de organizar as demandas de manutenção corretiva, você seleciona
uma amostra de solicitações de serviço recebidas pela manutenção e decide fazer
uma análise para concluir qual ferramenta poderá ser utilizada. A primeira
coisa que faz é organizar as informações em uma tabela:
Data |
N° SS |
Equipamento |
Descrição |
Solicitante |
08/07/22 |
638/22 |
Bomba |
A bomba está com vazamento de produto químico no
selo mecânico, com impacto na segurança das pessoas. O processo continua em
operação normal, porém o vazamento piora a cada dia e se nada for feito a
planta irá parar em no máximo 24 horas por impactar na segurança. |
Paulo |
08/07/22 |
639/22 |
Filtro |
O filtro está com problema na vedação, que piora
a cada dia. A cada duas horas o operador precisa reduzir a produção para
limpar o produto que vaza. |
Pedro |
09/07/22 |
640/22 |
Homogeneizador HOM-302 |
O homogeneizador está com problema no painel
elétrico, apresenta intermitência na operação, o que tem gerado uma redução
de produção da ordem de 30%. A não solução do problema pode trazer maiores
problemas a médio prazo. |
José |
09/07/22 |
641/22 |
Bomba |
O motor da bomba está com vibração. Na última
hora o nível de vibração aumentou e foi necessário reduzir a capacidade de
operação do equipamento. A tendência é de que o problema se agravará e médio
prazo se nada for feito. |
Sílvio |
10/07/22 |
642/22 |
Trocador de calor |
O trocador de calor está com baixa eficiência,
deve estar entupido. Processo opera com capacidade reduzida, porém o operador
disse que já está trabalhando dessa forma há mais de 3 meses. |
Thiago |
11/07/22 |
643/22 |
Válvula |
A válvula de saída da bomba está com pequeno vazamento
de água. |
José |
11/07/22 |
644/22 |
Compressor |
Uma das correias do compressor está danificada e
ele pode parar nas próximas semanas. O compressor reserva não está
disponível, está em manutenção. Há risco de parar toda a planta. |
Carlos |
12/07/22 |
645/22 |
Válvula manual de controle de vapor |
A válvula está com vazamento na junta. Estamos
verificando que o vazamento aumenta a cada dia, podendo danificar os flanges,
condenando a válvula. |
Celso |
Ao observar os dados preenchidos na tabela, com uma análise prévia, você
acredita que a ferramenta conhecida como matriz GUT, que analisa a Gravidade, a
Urgência e a Tendência de cada solicitação recebida pelo departamento de
manutenção, possa ser adequada e uma boa opção para o departamento de manutenção
utilizar no dia a dia.
2.a. Utilize os critérios a seguir e preencha a nova tabela com a
sua análise, explicando qual seria a ordem de atendimentos às demandas
recebidas pela manutenção, iniciando pelos serviços com a maior nota GUT. Esta
ferramenta é uma boa opção para a organização das solicitações de manutenção
corretiva? Vale a pena implementá-la?
Parâmetro |
Peso |
Critério |
Gravidade |
5 |
Se o serviço não for realizado, o processo será
interrompido drasticamente e/ou ocorrerá comprometimento da segurança |
3 |
Quando a produção não for interrompida, porém
será reduzida |
|
1 |
O equipamento está envolvido no processo
produtivo, mas tem pouca influência na produção do setor |
|
Urgência |
5 |
O equipamento está parado ou em condição que
implique em uma ação corretiva imediata |
3 |
O equipamento está operando com deficiência,
impedindo o desempenho de uma função importante. O problema está reduzindo a
produção e/ou qualidade do produto |
|
1 |
É uma ação de manutenção preventiva no
equipamento. É uma nova instalação não existente |
|
Tendência |
5 |
A não solução do problema trará consequências
graves para o processo atual |
3 |
A não solução do problema trará maiores
consequências para o processo seguinte a médio ou longo prazo. |
|
1 |
A não solução do problema não mudará com o tempo,
o equipamento está em |
Tabela a ser preenchida utilizando-se a equação GUT = (G + U) x T:
Equipamento |
N° SS |
Descrição |
G |
U |
T |
GUT |
Ordem |
Bomba BOMB-305 |
638/22 |
A bomba está com vazamento de produto químico no
selo mecânico, com impacto na segurança das pessoas. O processo continua em
operação normal, porém o vazamento piora a cada dia e se nada for feito a
planta irá parar em no máximo 24 horas por impactar na segurança. |
|
|
|
|
|
Filtro FIL-900 |
639/22 |
O filtro está com problema na vedação, que piora
a cada dia. A cada duas horas o operador precisa reduzir a produção para
limpar o produto que vaza. |
|
|
|
|
|
Homogeneizador HOM-302 |
640/22 |
O homogeneizador está com problema no painel
elétrico, apresenta intermitência na operação, o que tem gerado uma redução
de produção da ordem de 30%. A não solução do problema pode trazer maiores
problemas a médio prazo. |
|
|
|
|
|
Bomba BOMB-400 |
641/22 |
O motor da bomba está com vibração. Na última
hora o nível de vibração aumentou e foi necessário reduzir a capacidade de
operação do equipamento. A tendência é de que o problema se agravará e médio
prazo se nada for feito. |
|
|
|
|
|
Trocador de calor TROC-205 |
642/22 |
O trocador de calor está com baixa eficiência,
deve estar entupido. Processo opera com capacidade reduzida, porém o operador
disse que já está trabalhando dessa forma há mais de 3 meses. |
|
|
|
|
|
Válvula VAL-250 |
643/22 |
A válvula de saída da bomba está com pequeno
vazamento de água. |
|
|
|
|
|
Compressor COMP-01 |
644/22 |
Uma das correias do compressor está danificada e
ele pode parar nas próximas semanas. O compressor reserva não está
disponível, está em manutenção. Há risco de parar toda a planta. |
|
|
|
|
|
Válvula manual de controle de vapor VAL-105 |
645/22 |
A válvula está com vazamento na junta. Estamos
verificando que o vazamento aumenta a cada dia, podendo danificar os flanges,
condenando a válvula. |
|
|
|
|
|
Com as novas ferramentas de trabalho aplicadas à manutenção, se observa um
melhor entrosamento das pessoas com a demanda de trabalho, bem como melhores
resultados. Você então decide fazer um comparativo. A tabela a seguir traz um
comparativo com base nas duas últimas semanas de trabalho:
Semana |
Quantidade de Ocorrências |
Tempo Total |
Horas Trabalhadas |
19 |
12 |
45:00 |
135:00 |
20 |
9 |
33:00 |
147:00 |
Observação: |
2.b. Com base nas informações da tabela acima, calcule os
indicadores TMEF (Tempo Médio Entre Falhas), TMPR (Tempo Médio Para Reparo) e a
TAXA DE FALHAS de cada semana.
As coisas estão melhorando, e as pessoas estão se dando conta do quanto é
importante organizar as demandas de manutenção corretiva, para que tenham mais
tempo disponível para as manutenções preventivas. E agora este é o seu novo
foco: organizar a manutenção preventiva. Mas por onde começar? Que tal ensinar
para as pessoas da manutenção o conceito de criticidade, e desenvolver nelas as
habilidades necessárias para que possam realizar a análise de criticidade de
todos os equipamentos da planta e, com isso, melhorar o plano de manutenção.
2.c. Você então seleciona 5 equipamentos com suas respectivas
informações (conseguidas a parir de entrevistas com pessoas da operação e da
manutenção). Estes são os equipamentos selecionados:
Equipamento 1 – Compressor de ar: Este equipamento é solicitado de
8 a 10 h/dia. O seu histórico mostra em média 10 falhas por mês, cujo impacto
extrapola o equipamento, ou seja, gera parada do processo produtivo por falta
de ar comprimido para os equipamentos, que possuem muitos acionamentos
pneumáticos. O tempo médio de reparo é de 2 a 4 horas, com custo das falhas
relativamente alto (por parar o processo fabril constantemente acima de 3
horas), e o equipamento não afeta meio ambiente e qualidade.
Equipamento 2 – Válvula de controle de vapor: Este equipamento é
solicitado 24 h/dia. O seu histórico mostra em média 1 falha por ano
(geralmente devido à vazamento de vapor nas vedações), porém com parada de todo
o processo. O tempo de reparo é de 2 a 3 horas, com custo menor que R$800,00 e
o equipamento não afeta segurança, meio ambiente e qualidade.
Equipamento 3 – Filtro: Este equipamento é solicitado 16 h/dia. O
seu histórico mostra em média 3 falhas por ano, cujo impacto pode gerar paradas
de até 1,5 hora no processo, devido a redundância de equipamentos. O tempo
médio de reparo é de 2,5 hora, com custo menor que R$2.000,00 e o equipamento
não afeta segurança e qualidade. Porém, tem impacto moderado em relação ao meio
ambiente, podendo chegar a reclamações internas.
Equipamento 4 – Bomba do processo: Este equipamento é solicitado 24
h/dia. O seu histórico mostra em média 2 falhas por semestre, cujo impacto
interfere em parte do processo, gerando paradas maiores que 2 horas. O tempo de
reparo é de 2 a 3 horas, com custo médio de R$1.500,00 e o equipamento não
afeta qualidade nem o meio ambiente.
Equipamento 5 – Trocador de calor: Este equipamento é solicitado 12
h/dia. O seu histórico mostra em média 2 falhas por ano, cujo impacto interfere
em parte do processo. O tempo de reparo é menor que 2 horas, com custo abaixo
de R$1.000,00. O equipamento não afeta segurança e meio ambiente, porém afeta
gravemente a qualidade do produto, gerando reclamações internas.
Utilize o algoritmo a seguir e classifique a criticidade destes equipamentos em
A, B e C.
FASE 3 - PLANO DE MANUTENÇÃO
Você está fazendo um excelente trabalho, ajudando na condução do processo de
manutenção com muito esmero! E todos percebem que os resultados estão
melhorando. Mas algo te incomoda: como maximizar a produção com tantas quebras
que ainda continuam acontecendo, mesmo com as melhoras já observadas? Então
você decide selecionar uma bomba centrífuga, já que a planta A possui vários
destes equipamentos.
Você busca o manual do equipamento e, depois de muito estudo, chega nas
seguintes tarefas de manutenção preventiva para a bomba BOMB-380:
Mensalmente (1 mecânico – 2 horas de serviço: 2 Hh):
- Verificar o funcionamento do equipamento (limpeza, ausência de vazamentos e
de ruídos anormais) – M
- Com um aparelho adequado, fazer a coleta de vibração – M
Trimestralmente (1 mecânico – 4 horas de serviço: 4 Hh):
- Verificar o funcionamento do equipamento (limpeza, ausência de vazamentos e
de ruídos anormais) – M
- Com um aparelho adequado, fazer a coleta de vibração – M
- Verificar o nível de óleo e completar, se necessário – T
- Verificar a fixação da bomba e do motor na base – T
Semestralmente (2 mecânicos – 8 horas de serviço: 16 Hh):
- Verificar o funcionamento do equipamento (limpeza, ausência de vazamentos e
de ruídos anormais) – M
- Com um aparelho adequado, fazer a coleta de vibração – M
- Verificar o nível de óleo e completar, se necessário – T
- Verificar a fixação da bomba e do motor na base – T
- Desmontar a bomba e verificar: rolamentos, eixo, voluta, rotor, selo
mecânico, possíveis folgas no equipamento – S
- Verificar o acoplamento e substituir o elemento elástico, se necessários – S
- Coletar amostra de óleo e enviar para análise – S
3.a. Avaliando a disposição das tarefas, como você classifica o
plano da bomba BOMB-380, ou seja, na modalidade com hierarquia ou sem
hierarquia, e por quê?
3.b. Sabendo-se que a planta A possui 10 bombas deste modelo, você
precisa criar um mapa único de manutenção preventiva de 52 semanas (52C1) para
os 10 equipamentos, considerando plano com hierarquia. Vamos lá, encarar mais
esse desafio? Ah, um detalhe, por questões orçamentárias, as manutenções
semestrais precisam ser “diluídas” ao longo do ano. Lembre-se do controle de
custos da reunião inicial.
3c. Com base no seu mapa de 52 semanas (52C1), qual a carga horária
(Hh) comprometida para manutenção preventiva das 10 bombas da planta A durante
o ano?
3.d. É importante que as pessoas comecem a entender que só a
existência de um mapa de manutenção (52C1) não é suficiente para garantir o
sucesso da manutenção. Para que ocorra a mudança de cultura, é necessário mudar
o comportamento das pessoas, estabelecendo processos de trabalho. Assim,
apresente um fluxo de trabalho para a manutenção preventiva, com as etapas
deste processo (criação do plano, geração de ordem de serviço, programação da
ordem de serviço, execução da ordem de serviço, encerramento da ordem de
serviço, etc.).
FASE 4 - FATOR HUMANO NA MANUTENÇÃO
Após passar algumas semanas entrevistando pessoas, analisando documentos,
acompanhando atividades, realizando medições de tempo e avaliando
procedimentos, você chega à conclusão de que a empresa possui vários pontos de
melhoria na área da manutenção e decide que também é preciso trabalhar com o
fator humano, ou seja, a equipe de manutenção. É preciso organizar as
atividades para garantir que as manutenções ocorram de maneira estruturada e
planejada, ou seja, é preciso começar a trabalhar para sair da condição de
“apagar incêndio” a todo momento. Com base na literatura e nas boas práticas de
manutenção, você prepara uma relação de 15 tarefas que devem ser realizadas
pelo time de manutenção:
1. Buscar a conversão de pelo menos 85% das horas trabalhadas em valor
agregado, aumentando a taxa de utilização das equipes de manutenção;
2. Realizar diariamente a alocação dos recursos de manutenção;
3. Sempre que algum evento inesperado for identificado, abrir uma solicitação
de serviço no sistema informatizado de gestão da manutenção;
4. Providenciar recursos especiais para a manutenção (peças, consumíveis e
ferramentas especiais);
5. Implementar ações para reduzir o custo e melhorar os indicadores da
manutenção;
6. Executar as atividades de manutenção com segurança e seguindo boas práticas;
7. Acompanhar a execução e validar o serviço executado;
8. Buscar e implementar novas tecnologias que melhoram o desempenho dos
equipamentos;
9. Criar um plano de manutenção preventiva/preditiva;
10. Realizar reuniões semanais de programação de serviços com a área de
produção;
11. Acompanhar os serviços de manutenção e dar suporte técnico aos
manutentores;
12. Manter os indicadores de manutenção atualizados e disponíveis,
principalmente o indicador que mostra o percentual de cumprimento do plano de
manutenção;
13. Conhecer os equipamentos e saber onde encontrar os manuais técnicos;
operação
14. Distribuir diariamente as ordens de serviço para os manutentores;
15. Buscar a causa raiz das falhas e propor ações para mitigar novas
ocorrências.
4.a. Utilizando o modelo de tabela abaixo, classifique as 15
tarefas acima de acordo com o fundamento principal por trás de cada uma delas,
ou seja, GESTÃO ou OPERAÇÃO. Lembrando que tarefas classificadas como gestão
tem por objetivo o atingimento de metas, bem como a melhoria dos indicadores,
ao passo que as tarefas classificadas como operação referem-se às atividades
operacionais, ou seja, aquelas do dia a dia da manutenção.
Classe |
Tarefa |
Operação |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Gestão |
|
|
|
|
|
|
|
|
4.b. Agora o seu trabalho é associar as 15 tarefas acima,
distribuindo-as para a equipe de manutenção abaixo, de acordo com seus papéis e
responsabilidades, com o objetivo de organizar o departamento de manutenção da
empresa para garantir que as manutenções planejadas ocorram, já que esse é o
caminho para reduzir as ocorrências corretivas e voltar a atender os clientes
no prazo:
Encarregado de produção:
Planejador de manutenção:
Programador de manutenção:
Mecânico/Eletricista:
Encarregado de manutenção:
Engenheiro de manutenção:
Gerente de manutenção:
4.c. Avaliando os números de produtividade da manutenção no dia a
dia, você chegou aos valores mostrados na figura a seguir:
Levando-se em consideração que a meta global de VA (valor agregado) é de 85%,
quais as cinco ações prioritárias que você elencaria para reduzir em 20% as
causas de NVA (não valor agregado) 1, 2, 3 e 5; e 30% para a causa número 4;
sendo uma ação para cada causa de NVA mostrada na figura acima? Nessas
condições, qual seria o valor final do VA (valor agregado) após a implementação
das ações?
4.d. Explorando
melhor o assunto valor agregado (VA) da manutenção, você pega a planilha de
apontamentos de um dos mecânicos e identifica os seguintes itens:
- Participação no diálogo diário de segurança;
- Pegando material no almoxarifado;
- Aguardando o encarregado;
- Deslocamento ao local de trabalho pela segunda
vez, devido à falta de ferramenta;
- Fazendo o preenchimento da ordem de serviço;
- Realizando a liberação do equipamento, junto com
o técnico de segurança;
- Aguardando material no almoxarifado;- Fazendo a
entrega técnica do serviço junto ao encarregado do setor;
- Ociosidade durante a realização do trabalho.
Da relação recebida, quais as 5 atividades que você considera como de valor
agregado (VA) para a manutenção?
BOM TRABALHO!
MAPA - MANUTENÇÃO INDUSTRIAL - 53/2022
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