Olá, aluno(a)!
Chegou o momento de explorar de forma PRÁTICA os conteúdos apreendidos na
disciplina Sustentabilidade e Responsabilidade Social por meio da realização da
Atividade MAPA. Para isto, a realização da Atividade MAPA propõe:
Etapa 1: leitura atenta do texto a seguir.
Para a Swarovski, ESG e filantropia andam lado a lado
Marca de joias e cristais investe em projeto na Amazônia. Em entrevista
exclusiva, as diretoras da empresa e da fundação explicam a estratégia.
A Fundação Swarovski, braço filantrópico da marca de cristais e joias
Swarovski, estabeleceu-se na sede da companhia, na Áustria, em 2013 com três
pontos focais: equidade, criatividade e água. Como ação deste último foco,
nasceu, três anos depois, o projeto Escola d’Água (do inglês, Swarovski
Waterschool), que, no Brasil, é uma parceria com a Fundação Amazônia
Sustentável (FAS), presente no Amazonas e no Pará.
O projeto tem como objetivo levar educação sobre o uso sustentável e consciente
da água em comunidades ao longo dos rios da região, e infraestrutura para o
acesso à água potável e saneamento básico. A Fundação investe € 300 mil por ano
(cerca de R$ 1,6 milhão), em média, nos projetos no Amazonas e no Pará.
Em conversa com a EXAME ESG, que visitou o projeto na Amazônia, as executivas
Carla Assumpção, diretora-geral da Swarovski Crystal Business Brasil, Chile e
Argentina; Jakhya Rahman-Corey, diretora da Swarovski Foundation; e Raquel
Luna, coordenadora do projeto Swarovski Waterschool/Escola d'Água no Amazonas,
contaram sobre o programa e a estratégia ESG da marca. Para elas, filantropia e
sustentabilidade andam juntas. Confira a entrevista a seguir:
Sabemos que a empresa produz joias, uma produção de alto impacto no planeta.
Como a marca trabalha para mitigar esse impacto?
Carla Assumpção: nossos cristais são produzidos sem material orgânico (plant
free) ou pesado, como chumbo. A maioria dos cristais tem chumbo. Também nos
preocupamos com a cadeia, que é toda certificada.
Jakhya Rahman-Corey: talvez para estender um pouco esse pensamento, é por isso
que a empresa tem a sustentabilidade e a filantropia uma ao lado da outra.
Quando você pensa em sustentabilidade, significa olhar para a cadeia de valor e
como o cristal é feito. O aspecto da certificação com certeza é compatível com
todo esse aspecto. Do lado da filantropia, o que vivemos é o aspecto de
comunidades. Nosso fundador, Daniel Swarovski, acreditava que você não pode
alcançar seu próprio sucesso sem pensar nas pessoas. No entanto, não podemos
apenas pensar nas comunidades locais. Somos uma comunidade global. A
filantropia se encaixa como uma extensão do valor do negócio. Esse é o tipo de
trabalho que fazemos.
O que significa sustentabilidade para a Swarovski e a fundação?
Jakhya Rahman-Corey: a ideia de Daniel Swarovski, ao fundar a empresa, era
criar cristais usando energia. Contudo, que tipo de energia? A primeira opção
era a hidrelétrica, uma fonte renovável, já que, na época, ele estava morando
perto de um rio, na Áustria. A primeira fábrica foi construída nesse local. A
Swarovski, portanto, tem a água como um aspecto fundamental na sua criação, e
por isso é um tema tão importante. É dessa visão que nasce o projeto Escola
d’Água.
Como o ESG está estruturado na empresa, considerando essa união entre
negócios e filantropia? Vocês têm uma área para acompanhar os resultados?
Jakhya Rahman-Corey: há dois aspectos nessa questão. Existem áreas de
colaboração e áreas de separação [entre a Fundação e a companhia]. Somos uma
instituição de caridade no Reino Unido, e temos de considerar que estamos
ligados ao negócio, mas, ao mesmo tempo, precisamos prestar contas à sociedade.
Partimos dos princípios que estamos entregando um benefício público e, nesse
ponto, é importante a separação entre filantropia e negócios, mesmo que os
valores possam estar conectados. O aspecto social é importante para estarmos
sempre centrados nas pessoas. Uma forma que encontramos para lidar com essas
dificuldades é realizar alguns programas com a ONU. Não podemos trabalhar
isolados, temos de trabalhar em colaboração.
Quais são esses projetos com a ONU?
Jakhya Rahman-Corey: um exemplo é o programa Creatives For our Future (do
inglês, "criativos para o nosso futuro"). A pandemia teve muito
impacto na indústria criativa, e não apenas no aspecto de produção, mas pelo
fato que a vida das pessoas, de maneira geral, é muito ligada a essa indústria.
Milhares de empregos foram perdidos. Nossa abordagem foi ajudar jovens, de 25 a
30 anos, a colocar em prática suas ideias por meio de financiamentos. Também
apoiamos com educação. O objetivo é tornar essa indústria mais sustentável.
Outro exemplo é o projeto Escola d’Água aqui no Brasil. A comunidade está
olhando para o sistema de gerenciamento de reciclagem, e isso é uma solução
criativa, é inovação.
Carla Assumpção: discutimos uma série de temas no universo corporativo, entre
eles, igualdade de gênero. Hoje temos praticamente 50% de mulheres nos cargos
de liderança. A questão de gênero, raça e religião, tudo isso, é muito
integrado na companhia, na sua cultura.
Vocês atuam junto com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) desde 2016. Por
que vocês escolheram esse projeto?
Jakhya Rahman-Corey: a FAS surgiu como um exemplo importante de capacidade de
entrega. Trabalhamos com muitas entidades ao redor do mundo, e temos de olhar
para essa capacidade. Fazemos uma série de perguntas antes de escolher um
projeto. Qual será o impacto gerado pelo investimento é uma delas. É quase um
trabalho de apuração jornalística, e temos de fazer as perguntas certas. A FAS
tem infraestrutura, tem as redes e os contatos.
Raquel Luna: não é uma receita de bolo, no entanto. Trabalhamos a partir de
nossos pilares, mas cada localidade, cada país, tem suas características, por
isso a importância de um parceiro local que conheça a realidade. Já vi muitos
projetos que chegam com uma receita pronta, e ao tentar implementar uma ideia
que deu certo em outro lugar, simplesmente não funciona. A FAS é uma das
maiores ONGs do Norte do Brasil, com uma vasta experiência e, quando se trata
de diligência e compliance, ela tem todas as políticas auditadas pela PwC. Ou
seja, a entidade tem tudo o que é necessário para uma fundação internacional
confiar um programa, que é bem grande.
Fonte: https://exame.com/esg/para-a-swarovski-esg-e-filantropia-andam-lado-a-lado/.
Acesso em: 11 ago. 2023.
Etapa 2: agora é com você!
Após a leitura da matéria apresentada e o conhecimento adquirido ao decorrer da
disciplina, responda aos questionamentos a seguir:
1. Apresente os conceitos e as principais diferenças entre a responsabilidade
social empresarial e a filantropia. Aqui é necessário mencionar ao menos quatro
características que as diferenciam.
2. Cite no mínimo três programas e/ou ações mencionadas na matéria
desenvolvidas pela Swarovski, e classifique-os como sendo predominantemente de
responsabilidade social empresarial e/ou filantrópica, sendo fundamental
identificar quais programas e/ou ações apresentam características alinhadas à
sustentabilidade.
Dicas dos professores:
1. Assista ao vídeo explicativo gravado pelo professor. Link disponível no
Material da Disciplina.
2. Utilize o Formulário Padrão, arquivo em Word disponível no ambiente da
disciplina em "Material da Disciplina".
3. Certifique-se de que esteja encaminhando o arquivo correto no seu Studeo
antes de finalizar, pois não haverá como editar e/ou enviar outro arquivo após
a finalização.
4. A atividade será aceita somente pelo Studeo, atividades fora do prazo não
serão aceitas! E arquivos em branco, corrompido ou incorreto não será atribuído
nota.
5. Em caso de dúvidas, entre em contato com o seu professor(a) mediador(a) pelo
Studeo no Fale com o Mediador.
Bons estudos!